Quem é o maior no reino dos céus?


Esta pergunta foi feita pelos discípulos a Jesus e no mesmo momento um menino foi colocado no meio deles e Jesus disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe. Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar” (Mt 181-6).
Muitas vezes a criança não é valorizada em muitos ministérios evangélicos porque ela não possui um cartão de dízimo nem é ofertante de destaque no meio da igreja. Em muitos casos, ela nem possui um lugar digno no templo para receber a Palavra de Deus nos conhecidos cultinhos no momento litúrgico. Qualquer lugar é um lugar para colocar as crianças para não atrapalhar o andamento do culto.
Isso mesmo, muitos ministérios acreditam que as crianças atrapalham o andamento do culto. Infelizmente, isso é uma grande verdade! Eu gostaria de ver líderes cristãos valorizando a criança como Jesus valorizou. Precisamos dar a elas a oportunidade de ter acesso ao Salvador, pois elas precisam conhecer a verdade que liberta. Elas precisam ser ministradas por professores preparados, capacitados e que tenham materiais especializados para ensinar os pequeninos no caminho em que devem andar.
Mas para isso é necessário deixar de lado o pensamento empresarial que vem invadindo a igreja evangélica e retomar a verdade espiritual que Jesus ensinou sobre a criança. Muitas vezes, os pequeninos se tornam um “problema” para muitas programações chamadas “programações da família”. Em alguns casos, a liderança dessas programações avisam que as crianças devem ser deixadas na casa da avó, com a tia ou com alguém, pois elas não podem participar das programações especiais da família.
Diante disso, eu fico me perguntando: A criança não faz parte da família? Se a programação é para a família, por que a criança não pode participar? Não podemos fazer programações em nossas igrejas sem ao menos pensar nas crianças, pois elas fazem parte do reino de Deus! Por mais que alguns ministérios não as reconheçam como importantes no reino, Deus as ama e deu Jesus para morrer por elas também!
Jesus nunca barrou as crianças, pelo contrário, quando os discípulos quiseram impedir que as crianças chegassem perto dele, foram repreendidos por Jesus e tiveram de escutar do mestre: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus” (Mc 10.13). Creio que esta passagem deveria ser lida todos os dias por alguns diáconos!
Creio que o Senhor Jesus sentou e conversou com elas explicando muitas verdades espirituais na linguagem dos pequeninos. Seria muito bom se os pastores, bispos, evangelistas e “apóstolos” tivessem esta mesma disposição em ensinar as crianças. Seria muito bom ver os escritórios pastorais cheios de crianças com vontade de aprender a Palavra de Deus.
Uma igreja que se preocupa com os pequeninos terá menos problemas no futuro! Se não ensinarmos quando se pode aprender, teremos de corrigir quando já deveriam saber. Uma criança que tem alegria e vontade de estar na casa do Senhor será no futuro um cristão que dará frutos na hora certa. Eu ainda tenho esperança de ver nossas crianças sendo valorizadas no meio da igreja como Jesus as valorizou no meio dos discípulos.
Pense nisso!
Extraido do Site: Saber e Fé
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Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.
têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.
Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.
No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava - os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas alturas algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia. 





